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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Emissão Vocal

Um dos temas que mais gosto da Técnica Vocal Básica é EMISSÃO VOCAL, pois em minha opinião, é a coisa mais incrível que existe em nosso aparelho fonador.
Acho maravilhoso entender que a maneira de abrir a boca e de posicionar os músculos desta região pode ser determinante para definir o resultado desejado da voz, e se formos estudar a fundo veremos que há inúmeros recursos neste tópico, porém não pretendo me estender por aqui, foquemos nos princípios básicos, para que fique bem entendido.
Há quatro formas de emissão vocal, são elas...


1 EMISSÃO BRANCA: não tem nem graça estudarmos isso; esta, nada mais é que a voz falada, em que não há preocupação com o posicionamento da voz, projeção, potência, brilho e/ou beleza, simplesmente soltamos e por isso recebe este nome, não tem sequer cor. Não podemos deixar de falar nela pois se repararmos bem, alguns cantores principiantes tem uma voz falada forte e na hora de cantar a voz some, então devemos nos aproveitar daquilo que há de bom nesta emissão na hora do canto também.
2 EMISSÃO CHATA: ou voz chapada. Quando chapamos a voz a projetamos para frente, ou seja, trabalhamos os ressonadores de máscara, voz chata justamente por conta da posição da língua (achatada) e da oclusão sorridente. Diferente da emissão branca trabalha-se os ressonadores frontais (máscara). É melhor de se trabalhar esta emissão em agudos.
3 EMISSÃO REDONDA (COBERTA): voz operística. Quando arredondamos a voz, trabalhamos o vocal melódico, é como se tivéssemos um ovo na boca, pois seu formato fica oval. A voz assume uma qualidade mais requintada e bem posicionada, perfeito tanto para graves, médios e agudos.
4 EMISSÃO SOMBRIA (OPACA): voz lírica. Já a voz sombria além de ser vocal operístico e melódico, o fundo da garganta é contraído e a laringe é rebaixada, dando à voz um timbre escuro, e cheio de metálico, resultando na impostação de voz lírica. Para este resultado, simulamos um tipo de bocejo durante a emissão, percebe-se uma potência maior do que nos outros modelos anteriores, porém aumenta também a dificuldade de se executar com perfeição.

Além destes, nada impede de misturá-los, criando novos efeitos e resultados. Aconselho a ouvir Rachelle Ferrel, é uma cantora que trabalha muitas coisas de uma vez só em suas músicas, um de seus álbuns chama-se “First Instrument”, ou primeiro instrumento, provavelmente porque ela entendeu que a voz é um instrumento como outro qualquer e que deve ser usado (de forma correta) em todas as suas possibilidades.
Para entender tudo isso na sua voz, procure um profissional da técnica vocal e descubra tudo o que sua voz tem a lhe oferecer.
Espero que seja útil, que Deus os abençoe...